Tempo à beira

 

Beiram eternas nossas razões

São efêmeras nossas emoções

Entre o canto e o encanto

De um brotar dançante 

Ao toque da lira 

Em uma noite de inverno

Detalhes do horizonte de uma rosa

No meio de uma cabana entre as árvores

Longo cheiro do impetuoso afeto

A substância do tempo e da vida

Trazendo no nome inverno e fogo

Ar gélido esteia beijos e abraços

Fogo que compele corações

Bruma da lucidez

Trazendo chamas ao colo

Fadário de tempo destilante

Que rasga o calor do medo

Enobrece a paz do crepúsculo

Estação de próprios sentimentos

E razões moribundas de máscaras do agora

Presença de maneiras que não se traçam

Na régua da imaginação

Mas que entrelaça nostalgias

Entre lareiras e momentos

E a mística da noite que não cabe em horas!

Horas que já não se dissera

E, mesmo que não soubesse

Prendem-se ao cinzeiro

Cinzeiro, que se já se dissera

E, mesmo que soubesse 

Constela taças e brindes

Que se desfazem em risos e saudades

Quando o tempo vire poesia acústica

Noites de inverno desafiam a tudo e a todos

Nem sempre dê tempo ao tempo

Pois, o tempo é tudo o que resta!

Mesmo que já se dissera

Viva e faça valer a pena!

 

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