Crônica baseada na poesia "Textura":

 

Eu sei que é chato, mas é a minha realidade. Um mundo que ninguém entende, onde as coisas não são preto no branco, certo ou errado. É tudo uma questão de textura, de sentir e de perceber, eu e você.

Eu olho para o espelho e vejo um reflexo tá quebrado, como se a imagem não fosse completa. É como se eu estivesse olhando para um pedaço de um quebra-cabeça que não se encaixa. E eu me pergunto, cadê o contrato? O acordo que define como as coisas devem ser?

Mas a verdade é que não há contrato. Não há regras que definam como eu devo sentir ou perceber o mundo.

É tudo uma questão de perspectiva, de ângulo. E eu sei que o que eu vejo, ninguém mais consegue ver.

Eu tento explicar, mas as palavras não são suficientes. É como se eu estivesse tentando descrever uma cor que ninguém mais pode ver. E eu me sinto sozinho, como se estivesse caminhando por um mundo que não é o meu, consegue não enlouquecer?

Mas eu sei que não estou sozinho. Há outros que também veem o mundo de forma diferente. Outros que também sentem a textura da realidade de forma única. E é aí que eu encontro a minha liberdade.

A minha realidade não tem nada a ver com idade, ou com expectativas sociais. É uma questão de ser fiel a mim mesmo, de não ter medo de ser diferente. E é isso que eu celebro, a textura da minha realidade, única e irredutível, viver a diversidade.

 

  

Keila Rackel Tavares: Keckel.

Comentários

É a decisão correta, não ter medo de ser diferente. O mesmo se dá com a poesia:O poeta lança uma poesia tentando alcançar um certo entendimento, quando na realidade cada leitor pode interpretar da melhor maneira que lhe aprouver!

Lorde Égamo | 07/06/2025 ás 15:28 Responder Comentários

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