Versos de Celeiro

Poemas | Arraiá das letras - Família Literária 2025 | Rose Correia
Publicado em 13 de Dezembro de 2025 ás 14h 41min

Sinopse:

Versos de Celeiro percorre o mês de junho pelo olhar do campo, revelando o legado silencioso da terra, do trabalho e do acolhimento. Entre o frio que atravessa as veredas e o calor guardado no celeiro, o poema transforma a lida diária em palavra, fazendo do verso um gesto de gratidão e permanência.

Versos de Celeiro

 

Junho chegou sem pedir licença,

esfriando os dias

e recolhendo afetos

na simplicidade do campo.

 

A mesa se enche de encanto

com a colheita farta,

e o milho, além de alimentar,

ensina em silêncio

que junho, apesar de celebrado,

guarda outro legado.

 

É tempo do árduo fruto da terra,

do celeiro que se enche

para sustentar o campeiro,

mantendo-lhe o calor

enquanto, lá fora,

o frio passeia pelas veredas.

Aqui dentro,

o aconchego ocupa cada lacuna

da lida diária,

feito abrigo construído

com trabalho, espera e cuidado.

 

Nesse intervalo de pausa e gratidão,

o campeiro aproveita o momento

e deixa seus pensamentos

repousarem em versos simples,

agradecendo a junho,

companheiro fiel

de quem vive da terra

e das palavras…

 

Por: Rose Correia 

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