Viajante noturnos

Poemas | Rosilene Rodrigues Neves de Meneses
Publicado em 01 de Novembro de 2025 ás 11h 45min

O viajante noturno vira, das estrelas   

sob os olhos de um céu profundo,   

carregado de mistérios,   

cada ponto de luz uma história,   

uma jornada, um sussurro do passado. 

 

Ele caminha pelas sombras,   

os passos macios na terra fria,   

sentindo o peso da noite,   

mas também a leveza da esperança,   

como um pássaro que aprendeu a voar. 

 

As constelações dançam em sua mente,   

engenhosas, artífices de sonhos,   

mostrando caminhos não pisados,   

revelando segredos guardados,   

na teia do cosmos que o envolve. 

 

Lá em cima, os astros piscam,   

como amigos antigos,   

convidando-o a se perder,   

a se encontrar em cada brilho   

que ecoa seu nome. 

 

Ele pensa na jornada distante,   

nos mares e montanhas   

que cruzou com o coração aberto,   

cada lugar um fragmento,   

cada rosto uma memória. 

 

As vozes da noite o cercam,   

detalhes de um mundo oculto,   

cantando melodias suaves,   

seduzindo-o a parar e respirar,   

a ouvir o murmúrio da vida. 

 

E entre as árvores que o abraçam,   

sente o aroma da terra,   

o frescor da umidade nas folhas,   

a sabedoria antiga dos seres que habitam,   

a cripta de mil histórias em sua raiz. 

 

Ele se senta e observa,   

como um contador de histórias,   

suas mãos desenhando circuitos   

no ar cheio de estrelas   

que o inspiram a criar. 

 

E o céu, como um manto negro,   

envolve o viajante em seus braços,   

cada estrela uma lanterna na neblina   

de um universo vasto e iluminado,   

onde cada alma é um viajante. 

 

Assim, a noite se desenrola,   

um livro aberto para ser lido,   

as páginas repletas de relatos,   

esperanças escapando nas brisas,   

a verdade da existência pulsando nas veias. 

 

O viajante noturno vira, das estrelas,   

continuando sua busca,   

não por destinos, mas por conexões,   

por nuances da vida que florescem   

na interação do homem com o cósmico. 

 

E sob o olhar mudo da lua,   

ele encontra paz,   

na viagem sem fim,   

entre contando e acreditando,   

avançando, sempre em direção ao horizonte.

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