Vida Minha

“Vida minha”, era assim que me chamava,
como se eu fosse abrigo,
como se o amor fosse inteiro.
Mas tudo não passou de enredo falso,
mentiras bem ensaiadas,
falsidade com sorriso nos lábios.

De alguém que eu nunca imaginei
ver partir com a verdade nas mãos
e a máscara no bolso.
De alguém que eu acreditava
mesmo quando o silêncio gritava.

Existem pessoas frias,
que calculam sentimentos como números,
que oferecem presença sem alma,
abraços sem calor,
promessas sem intenção.

Hoje, eu corro léguas desses amores vazios,
que só sabem sugar,
que não sabem ficar.
Prefiro a solidão sincera
do que a companhia que finge.

Porque aprendi,
nem todo “vida minha” é amor.
Às vezes, é só roteiro.
E eu não sou personagem de ninguém.

Silvia Santos

Comentários

Tudo na vida passa, até os amores.... Lindo poema

Rosilene Rodrigues Neves de Meneses | 27/09/2025 ás 12:27 Responder Comentários

Gratidão minha querida.

Silvia Dos Santos Alves | 27/09/2025 ás 16:47

Contradizendo o poeta, "mesmo o amor que não compensa/ é melhor que a solidão", o eu lírico da poetisa diz que é melhor a solidão do que tanto sofrimento à toa, por um amor que não valeu à pena!

Lorde Égamo | 27/09/2025 ás 14:16 Responder Comentários

Meu caro poeta, eu ainda prefiro a solidão que me respeita do que um amor que me destrói aos poucos. Amor que não vale a pena não é amor, é prisão. Rs

Silvia Dos Santos Alves | 27/09/2025 ás 16:46

Belíssimo! Obrigada por vir!?

Rosemeire Santos Silva | 27/09/2025 ás 19:43 Responder Comentários

Extraordinário ??

Letícia Alves | 01/10/2025 ás 17:29 Responder Comentários

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